Na foto, presidente do sindicato dos servidores, ‘Pixoxó’ Adriano Lopes, ao lado de viatura do conselho regional de medicina
O sindicato dos servidores municipais de Praia Grande recebeu denúncia de alguns profissionais de saúde lotados no UPA a pacientes do coronavírus no bairro Quietude.
Indignados com as condições sanitárias e do refeitório, eles pediram que o presidente do sindicato, ‘Pixoxó’ Adriano Roberto Lopes da Silva, fosse ao local.
Lá chegando, ele e outros diretores encontraram representantes do conselho regional de medicina (crm), que também fiscalizavam denúncias de médicos sobre irregularidades nas condições de trabalho.
Pixoxó diz que, nesta terça-feira (26), encaminhará ofícios relatando os problemas ao prefeito Alberto Mourão (PSDB) e ao presidente do conselho municipal de saúde, Antônio Pio Neto.
O documento será enviado também ao secretário municipal de saúde, Cleber Suckow Nogueira, e à câmara municipal. “Cabe aos vereadores fiscalizarem os atos do prefeito”.
O sindicalista solicitará ainda cópia de laudo do centro estadual de vigilância sanitária, que teria aprovado a instalação do refeitório naquele espaço inadequado.
Denúncias na ouvidoria
A denúncia chegou à ouvidoria da rede social do sindicato na noite de quinta-feira (21). O local onde funcionava o refeitório foi transformado em sala de atendimento de pacientes da covid 19.
Como a sala não tem sanitário, os profissionais levam fezes e urina dos pacientes para o expurgo hospitalar do pronto-socorro, podendo assim contaminar a unidade.
Segundo a denúncia, os profissionais fazem as refeições numa mesa ao lado da garagem das ambulâncias, local totalmente insalubre. Isso porque os veículos entram e saem constantemente.
No local, há um sanitário químico onde, segundo a denúncia, “é difícil até de entrar. Por isso, o pessoal vai ao banheiro do pronto-socorro ao lado, contaminando tudo por onde passa”.
A denúncia diz de que a janta chega ao local às 17 horas, para ser consumida às 20, acondicionada em caixas insalubres de isopor, além de relatar outros problemas referentes à alimentação.
Incentivos e gratificações
Pixoxó, por sua vez, questiona por que os auxiliares e técnicos de enfermagem da ‘upa’ Quietude não recebem os incentivos e gratificações do governo federal.
“Se eles trabalham numa unidade de pronto atendimento, que é um projeto do governo federal, e se o município recebe a verbas para pagar aos profissionais, por que isso não é feito?”.
“O prefeito precisa ter sensibilidade e respeito com os servidores. O sindicato recebe dezenas de reclamações e desabafos diários de descontentamento”, finaliza o sindicalista.
Redação: Paulo Passos MTB 12.646, matrícula sindical 7588 SJSP.