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Servidores da baixada santista se articulam contra reforma administrativa

Na foto, reunião de sindicalistas na sede dos servidores de Praia Grande, na tarde de sexta-feira

Os sindicatos dos servidores municipais de Santos, Praia Grande, Guarujá e São Vicente iniciaram um movimento regional contra a reforma administrativa do governo federal.

Em reunião na sede do sindicato de Praia Grande, na tarde de sexta-feira, presidentes e diretores das quatro entidades, agendaram um cronograma para esta última semana de setembro e para outubro.

Já na semana que se inicia neste domingo (27), eles voltarão a se reunir, desta vez com um maior número de participantes, para organizar um seminário, em outubro, contra a medida.

“Não aceitamos passivamente mais esse ataque contra os direitos do funcionalismo, seja municipal, estadual ou federal”, diz o presidente do sindicato de Praia Grande, Adriano Roberto Lopes da Silva ‘Pixoxó’.

Segundo ele, num primeiro momento, procurarão os demais sindicatos de servidores da baixada santista e litoral. Mas pretendem também ampliar a campanha para outras categorias.

“A reforma não prejudica apenas o funcionalismo”, diz Pixoxó. “A esmagadora maioria do povo brasileiro, inclusive os trabalhadores da iniciativa privada, sofrerão se a reforma for aprovada”.

Injusta e ultraliberal

O sindicalista explica que, além de atentar contra direitos históricos constitucionais do funcionalismo, a proposta do governo desmonta os serviços públicos.

Ele pondera que o atendimento à saúde, educação e segurança pública, “para citar apenas três, será muito prejudicado por essa reforma ultraliberal e injusta com as camadas populares”.

Pixoxó alerta que, ao contrário do divulgado pelo governo, a reforma não corrigirá distorções como os altos salários das cúpulas judiciárias e políticas, mas apenas e tão somente os servidores comuns.

“Quem perderá mais direitos do que já perderam são os servidores que atendem a população nos postos de saúde, nas escolas, na segurança e em outros serviços do estado”, diz o sindicalista.

Ele ficou satisfeito com o resultado da primeira reunião e acha que “o movimento se alastrará rapidamente em nível regional, estadual e nacional, até porque muitos sindicatos já tomaram a mesma iniciativa”.

Redação: Paulo Passos MTB 12.646, matrícula sindical 7588 SJSP.