Na foto, presidente Adriano ‘Pixoxó’ e diretores do sindicato dos trabalhadores municipais, na prefeitura, onde protocolaram pauta de reivindicações para a data-base
Indignado com o que classifica de “descaso e desrespeito” da prefeita de Praia Grande, Raquel Chini (PSDB), o presidente do sindicato dos servidores, Adriano Roberto Lopes da Silva ‘Pixoxó’, esteve no paço municipal, nesta quinta-feira (13), acompanhado de outros diretores.
Eles protocolaram a pauta de reivindicações para a data-base de maio e dois ofícios referentes a cuidados necessários para evitar a contaminação dos trabalhadores pelo novo coronavírus. “Se não tomarem providências, iremos ao ministério público do trabalho”, diz o sindicalista.
O primeiro ofício assinado por Pixoxó exige que a prefeita cumpra a lei federal 14151-2021 e coloque em trabalho remoto todas as servidoras gestantes, sem prejuízo dos vencimentos, durante a pandemia. Ele explica que a lei foi sancionada nesta quarta-feira (12).
O segundo ofício cobra da prefeita a testagem dos 12 mil servidores para covid-19. Segundo o sindicalista, é “muito alto” o nível de contaminação da categoria pelo vírus, com inúmeros afastamentos, isolamentos, internações e mortes.
‘Ela não tem o mínimo respeito’
O mesmo ofício requer a imediata interdição do setor de engenharia, para desinfecção por parte da vigilância sanitária. No local, segundo o presidente do sindicato, morreu um servidor e há outros contaminados em isolamento social, o que significa risco para os demais.
Sobre a campanha salarial, Pixoxó pondera que mandou vários ofícios à prefeita, propondo reuniões para tratar da data-base e outros assuntos da categoria, sem obter respostas. “Ela não tem o mínimo respeito pelo sindicato e tampouco pela categoria”.
Além de procurar o ministério público e a justiça para encaminhar esses e outros assuntos, o sindicalista aposta na mobilização do funcionalismo para pressionar a prefeita. “A categoria é forte e saberá mostrar essa força no momento exato”.
As reivindicações da data-base foram aprovadas na assembleia virtual de 3 de maio e dizem respeito também a 4 mil aposentados. Na oportunidade, a categoria cobrou o desfecho do dissídio coletivo de 2020. “Esse é outro assunto que precisamos tratar com a prefeita”, diz Pixoxó.
Todos os segmentos
Para este ano, a categoria reivindica reajuste salarial com base no ‘inpc’ de um ano, aumento real de 3%, revalorização profissional de 10%, adicional noturno de 20%, horas extras de 50%, cartão-alimentação de R$ 626, auxílio-refeição diário de R$ 28 e manutenção da data-base em maio.
A assembleia aprovou ainda pautas específicas dos aposentados e pensionistas, como abono inatividade no valor do cartão alimentação, e de outros segmentos profissionais em atividade. Os motoristas, por exemplo, querem auxílio refeição para viagem e capacitação profissional.
O pessoal da educação reivindica plano de carreira para atendentes I e aulas presenciais ou semipresenciais só após vacinação. Foram aprovadas as pautas da Sesurb, secretaria mais numerosa da prefeitura, da saúde, dos eletricistas, guarda civil, agentes de trânsito e de outros setores.
Redação: Paulo Passos MTB 12.646, matrícula sindical 7588 SJSP.