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Sindicato cobra provas de vereador que acusa servidores

Na foto, o presidente do sindicato dos servidores municipais de Praia Grande, Adriano Lopes Pixoxó, e a diretora de base, Tânia Bolito

O vereador de Praia Grande Francisco Araújo Lima ‘Gugu mil grau’ (PSD) deve apresentar provas das acusações que fez, na rede social, contra servidores da rede de saúde.
A cobrança é do presidente do sindicato dos trabalhadores municipais, Adriano Lopes ‘Pixoxó’, que enviou ofício ao parlamentar, nesta quinta-feira (6), solicitando comprovação da denúncia.
Gugu diz, em seu vídeo, que servidores lotados nas unidades de saúde da família (usafas) não cumprem suas obrigações profissionais e prestam mau atendimento à população.

Delações generalizadas
O vereador diz que os problemas ocorrem nas usafas, nas unidades de pronto atendimento (upas) e no Ginásio Falcão, onde funciona o hospital de síndromes gripais.
O parlamentar acusa dois médicos, sem citar seus nomes, de um fornecer atestado médico ao outro para não trabalharem. E atribui negligência no atendimento a outros profissionais.
“São delações generalizadas que atingem indiscriminadamente toda a categoria do setor e que o sindicato não aceita. Se ele tem provas, que as apresente”, declara o sindicalista.

Estafantes e estressantes
Pixoxó diz que os servidores da saúde “trabalham incansavelmente, apesar da baixa remuneração”. E que “isso ficou demonstrado durante da pandemia do coronavírus”.
“Agora, com a volta das contaminações da covid e agravamento da crise gripal, todos continuam assoberbados, mas trabalhando como sempre, prestando ótimo serviço à população”.
O sindicalista pondera que “as péssimas condições de trabalho, causadas principalmente pela falta de profissionais para atender as demandas, são estafantes e estressantes”.

Fim das terceirizações
O presidente do sindicato lamenta que o vereador elogie o hospital terceirizado Irmã Dulce, “quando toda a população reclama do atendimento e onde até um falso médico chegou a ser contratado”.
O sindicalista aproveita para denunciar que o sistema de ar-condicionado do serviço de atendimento móvel de urgência (Samu) no bairro Quietude não funciona.
“São essas situações que devemos cobrar da administração municipais, assim como o retorno do Irmã Dulce ao sistema público, com o fim da nefasta terceirização”, finaliza Pixoxó.

Redação: Paulo Passos MTB 12.646, matrícula sindical 7588 SJSP.