Na foto, ‘Pixoxó’, presidente do sindicato dos servidores, indignado com ‘pl’ que aumenta contribuição previdenciária
O aumento de 12% para 14% da contribuição dos servidores para o Ipmpg (instituto de previdência municipal de Praia Grande) “é uma falta de respeito” com o funcionalismo.
A “indignação” é do presidente do sindicato da categoria, ‘Pixoxó’ Adriano Roberto Lopes da Silva, que criticou o prefeito Alberto Mourão (PSDB), nesta segunda-feira (13), em ‘live’ no Facebook.
“Estou chateado, aborrecido, indignado e com os nervos à flor da pele”, disse o sindicalista. Ele se refere a projeto de lei enviado pela manhã, por Mourão, à câmara municipal.
“Fazer isso, no meio de uma pandemia, com muitos servidores arriscando a vida em prontos-socorros, sem qualquer diálogo com a categoria, é no mínimo um desrespeito”, disse Pixoxó.
Ele pediu para que os servidores entrem no ‘facebook’ do legislativo, às 10 horas desta terça-feira (14), para verificar como os vereadores votarão o projeto do prefeito.
“Peço aos vereadores que tenham um pouco de consciência. Este não é o momento de votar isso. O prefeito deveria deixar o assunto para depois que acabar a pandemia”, disse o presidente do sindicato.
Desvio de R$ 5 milhões
“Não é dessa forma, na calada da noite, que se resolvem os problemas do instituto, que tem muito dinheiro. Aliás, prefeito, onde estão os R$ 5 milhões desviados do Ipmpg?”, perguntou.
Pixoxó refere-se a um esquema que, só em 2012, teria rendido quase R$ 2 milhões aos criminosos, desviados da folha de pagamento do instituto para contas bancárias particulares.
Em 2014, dez pessoas eram investigadas pela polícia civil, entre elas um ex-superintendente do instituto, entre 2001 e 2012, indicado por Mourão. Até agora, não se sabe o resultado da investigação.
O sindicalista também criticou o prefeito por ainda não ter respondido às reivindicações da campanha salarial dos 12 mil servidores, que têm data-base em maio.
E também por Mourão ainda não ter cedido as cesta-básicas prometidas aos servidores aposentados, que tiveram o benefício suspenso no final do ano passado.
“Recebo aqui mensagens de aposentados e pensionistas chorando por não terem o que comer, senhor prefeito. Pessoas que ajudaram o senhor no desenvolvimento do município”.
Redação: Paulo Passos MTB 12.646, matrícula sindical 7588 SJSP.