Na foto, presidente Adriano ‘Pixoxó’ e diretores do sindicato dos servidores em protesto diante do hospital, onde se vê a fachada encardida
O complexo hospitalar Irmã Dulce, terceirizado pela prefeitura de Praia Grande para a SPDM (associação paulista para o desenvolvimento da medicina), precisa ser administrado pelo poder executivo.
A opinião é do presidente do sindicato dos servidores, Adriano Roberto Lopes da Silva ‘Pixoxó’, que participou de protesto diante do hospital, na manhã desta terça-feira (14).
O sindicalista recebeu reclamação das condições em que se encontrava um associado em um quarto do estabelecimento. Ele conseguiu resolver alguns problemas e organizou a manifestação.
Denigre o município
“Quem não tem competência que não se estabeleça”, disse Pixoxó no ato público, transmitido pela rede social do sindicato. “Nem a fachada do hospital é lavada. Está encardida”.
Segundo ele, a empresa “só causa problemas e acumula reclamações da população que denigrem a imagem do município. Isso apesar do muito dinheiro que leva da prefeitura”.
Após um discurso contundente, ele mostrou uma placa anunciando reforma e ampliação do hospital, no valor de R$ 8 milhões e 374 mil. A placa está pouco acima da calçada esburacada.
Relatório à prefeita
Saindo dali, ele foi à casa de uma servidora de 80 anos de idade que o chamou para relatar problemas em sua internação. Ele fará um relatório e encaminhará à prefeita Raquel Chini (PSDB).
O Irmã Dulce inaugurado em maio de 2008, pelo então prefeito Alberto Mourão (PSDB), que consumiu recursos de R$ 28 milhões. Poucos dias após a inauguração, a Fuabc (fundação ABC) assumiu a administração.
Depois, foi substituída pela SPDM, em 1º de janeiro de 2019, após muitas denúncias de má gestão. A Fuabc deixou uma dívida trabalhista com mais de mil empregados terceirizados demitidos.
Contra a terceirização
“Está mais do que provado e comprovado que esse regime de terceirização da saúde pública não corresponde às expectativas da população”, declarou Pixoxó, depois de encerrado o protesto.
O sindicalista proporá aos vereadores, nos próximos dias, que iniciem um movimento para que a prefeitura assuma a gestão e operação do complexo hospitalar, descartando definitivamente a terceirização.
“Sei que enfrentaremos poderosos interesses econômicos e políticos, mas essa é a melhor alternativa para a saúde pública, que não pode ser objeto do lucro a qualquer custo, ainda que de vidas humanas”, disse.
Redação: Paulo Passos MTB 12.646, matrícula sindical 7588 SJSP.