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Servidor defende municipalização do hospital terceirizado Irmã Dulce

Na foto, presidente do sindicato dos servidores, Adriano ‘Pixoxó’, em audiência pública, nesta segunda-feira, na câmara municipal

O complexo hospitalar Irmã Dulce, terceirizado pela prefeitura de Praia Grande para a SPDM (associação paulista para o desenvolvimento da medicina), precisa ser administrado pelo poder executivo.

A opinião é do presidente do sindicato dos servidores, Adriano Roberto Lopes da Silva ‘Pixoxó’, que participou de audiência pública, na câmara de vereadores, nesta segunda-feira (22).

Na audiência, o secretário municipal de saúde, Cleber Suckow Nogueira, falou sobre as atividades da pasta no segundo quadrimestre de 2020. E sobre o plano municipal de saúde de 2018 a 2021.

Vários parlamentares criticaram a situação do hospital, inaugurado em maio de 2008, pelo então prefeito Alberto Mourão (PSDB), que consumiu recursos de R$ 28 milhões.

Poucos dias após a inauguração, a Fuabc (fundação ABC) assumiu a administração do hospital e foi substituída pela SPDM em 1º de janeiro de 2019, após muitas denúncias de má gestão.

A Fuabc deixou uma dívida trabalhista com mais de mil empregados terceirizados demitidos, que até agora não foram ressarcidos. As denúncias de má gestão vêm se repetindo em relação à SPDM.

Valorizar os servidores

“Está mais do que provado e comprovado que esse regime de terceirização da saúde pública não corresponde às expectativas da população”, declarou Pixoxó, depois de encerrada a audiência.

Antes disso, alguns vereadores sugeriram ao secretário de saúde que a prefeitura substitua a SPDM caso ela não corrija os muitos problemas denunciados pela população e funcionários do hospital.

O sindicalista proporá aos parlamentares, nos próximos dias, que iniciem um movimento para que a prefeitura assuma a gestão e operação do complexo hospitalar, descartando definitivamente a terceirização.

“Sei que enfrentaremos poderosos interesses econômicos e políticos, mas essa é a melhor alternativa para a saúde pública, que não pode ser objeto do lucro a qualquer custo, ainda que de vidas humanas”, disse.

Pixoxó não apresentou essa proposta em seu discurso oficial, na audiência, mas diz que a defende há muito tempo. Segundo ele, “os funcionários municipais do setor são altamente qualificados”.

Na audiência, Pixoxó requereu a Cleber Suckow melhores salários e condições de trabalho aos servidores da saúde, que “dão o melhor de si, humana e profissionalmente, sem a devida valorização”.

Redação: Paulo Passos MTB 12.646, matrícula sindical 7588 SJSP.