Na foto, presidente do sindicato dos servidores, Adriano ‘Pixoxó’
Em ‘live’ no Facebook, das 11 às 11h30 desta quarta-feira (29), o presidente do sindicato dos servidores de Praia Grande, ‘Pixoxó’ Adriano Roberto Lopes da Silva, cobrou respeito do prefeito Alberto Mourão (PSDB) a vários direitos coletivos da categoria.
O sindicalista começou pela campanha salarial para a data-base de maio. Segundo ele, os 12 mil trabalhadores públicos da ativa e 2 mil aposentados aguardam resposta do prefeito às reivindicações aprovadas em 6 de março e protocoladas seis dias depois.
Em seguida, Pixoxó propôs ao prefeito que suspenda o desconto dos empréstimos consignados por dois meses. E que pague os adicionais de insalubridade e das horas extras feitas antes do decreto relativo à pandemia do novo coronavírus.
O sindicalista explicou que o trabalho foi feito antes do fechamento da folha salarial creditada nesta terça-feira (28) e sugeriu que os percentuais sejam pagos em folha suplementar. “Os serviços foram feitos, prefeito”, ressaltou o presidente do sindicato.
Na sequência, Pixoxó ponderou que muitas famílias do funcionalismo “estão passando dificuldades”. Falou sobre inflação e exemplificou com o quilo da vagem a R$ 12 na feira. “Há muitas crianças sem ter o que comer”.
Paciência pode acabar
O sindicalista lembrou que, com as creches e escolas públicas fechadas, os filhos e netos de servidores passaram a comer muito mais em casa, até por estar confinados. E explicou que a situação pode ser melhorada com as providências propostas ao prefeito.
Ele chegou a sugerir que Mourão reduza seu salário e dos secretários municipais em 30%, como foi feito em muitas cidades brasileiras. E que também suspenda temporariamente obras públicas desnecessárias diante da crise pandêmica.
“A paciência pode acabar e o pessoal parar a máquina administrativa”, disse Pixoxó no meio da ‘live’. “Isto não é uma ameaça, prefeito”, ressaltou. Segundo ele, o funcionalismo tem demonstrado enorme descontentamento com a situação.
O dirigente voltou a criticar a suspensão do tíquete-alimentação de 1.200 aposentados, “pessoas que, com suor e muito trabalho, ajudaram o senhor a construir esta cidade. Hoje, muitos passam fome e não conseguem sequer receber os R$ 600 do governo federal”.
“O senhor promove atividades sociais e distribui cestas básicas para parte da população. E os aposentados, prefeito? Por que o senhor não olha por eles?”. O sindicalista disse que tem recebido muitos telefonemas desesperados de aposentados e pensionistas.
Pixoxó encerrou a ‘live’ cobrando a gratificação de férias de 50% e o cumprimento da lei municipal que garante adicional aos motoristas da secretaria de serviços urbanos (Sesurb) e da saúde. “A gratificação não foi revogada e o adicional é um direito”.
Redação: Paulo Passos MTB 12.646, matrícula sindical 7588 SJSP.