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Sonho de professor em estudar na USP é ceifado por decisão da prefeitura

O sonho de qualquer profissional é adquirir conhecimento para avançar na carreira. Imagina estudar na Universidade de São Paulo, uma das instituições mais graduadas e respeitadas do mundo?!

No entanto, em Praia Grande, o estudo, o conhecimento, o desenvolvimento são tratados com descaso profundo. Como diz o ditado “TUDO E NADA”, pra eles, significa a mesma coisa.

Este é o caso do professor adjunto Sérgio dos Santos Martins, que viu seu esforço em vão, ao ter que abandonar o curso de Mestrado em Educação, Linguagem e Psicologia, em virtude da Lei 1.004 de 2024, que alterou o artigo 66 do Estatuto do Magistério, causando-lhe indignação e o comprometimento de seus ideais como educador em prol da educação municipal e em outras dimensões.

Para não perder o emprego, foi obrigado a tomar a dolorosa decisão: largar os estudos na USP e postergar o sonho do mestrado, cujo conhecimento e formação seriam fundamentais para sua trajetória profissional.

Indignado, o professor Sérgio escreveu uma carta-protesto endereçada ao prefeito Alberto Mourão, à secretária de educação, Patrícia Conceição Almeida Dias, à procuradora-geral do município dra. Glaucia Antunes Alvarez e à Câmara Municipal na figura dos vereadores.

Em trecho, diz que “essa decisão, extremamente dolorosa, foi imposta pela negativa em conceder a autorização para o abono do dia de trabalho, um requisito fundamental para que eu pudesse dedicar-me plenamente aos estudos e compromissos acadêmicos. […] A impossibilidade de prosseguir causou um impacto devastador na minha vida pessoal e profissional, gerando uma decepção incalculável […].

E prossegue, em outro trecho da carta, “mais do que uma perda individual, sinto que esta situação representa um revés significativo para a educação da nossa cidade. A impossibilidade de um profissional da rede aprimorar seus conhecimentos e qualificações em uma instituição de excelência como a que eu frequentava não apenas restringe meu desenvolvimento, mas também abstém a comunidade escolar […].

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Praia Grande, Adriano Pixoxó, revoltado com a situação, não poupou críticas à gestão municipal pela falta de respeito com seu servidor. “É por isso que vários servidores estão deixando de trabalhar aqui para ingressar no serviço público em outras cidades. A falta de consideração, de incentivo ao estudo, à formação, envergonha e pede uma reflexão profunda dos gestores, que só pensam na planilha de custos, nunca na qualificação profissional”.

Pixoxó promete lutar para combater esta “vergonha”. Por isso, vai buscar diálogo com a administração no sentido de rever a questão e apoiar o estudo continuado dos servidores nas diversas áreas de atuação na estrutura municipal.