Assim como no primeiro dia de greve, milhares de servidores e servidoras municipais atenderam ao pedido do Sindicato e nesta segunda-feira (24) montaram base de luta – desta vez – em frente a prefeitura de Praia Grande.
Com palavras de ordem como “a nossa luta… é todo dia, o servidor não é mercadoria”, os participantes elevaram o tom e protestaram de forma veemente contra o descaso do governo Alberto Mourão, que até agora não acenou com uma proposta digna. Sua ingratidão e desrespeito com a categoria foi ZERO por cento de reajustes pelos próximos três anos.
A categoria, entretanto, reivindica benefícios como Reajuste salarial (7,5% com base no salário mínimo vigente, índice do IPCA e mais 3% da correção judicializada no ano passado); Auxílio-alimentação no valor de R$ 1.400; Auxílio-refeição no valor de R$ 1.210; Criação de comissão permanente de negociação (com membros do sindicato e da prefeitura); Concessão gratuita de Assistência Saúde ao servidor municipal; e Implantação do plano de carreira para as categorias que ainda não têm.
Nas falas, representantes da diretoria do Sindicato, trabalhadores e membros da comissão de greve elencaram a série de problemas nos locais de trabalho, como falta de climatizadores, falta de materiais de trabalho, falta de ergonomia, equipamentos defasados, cujos desmandos assolam os servidores, sem resolução prática da administração. Como disse o presidente Adriano Pixoxó, “o prefeito fala demais, mais o fato que é a cidade está doente; se pede pra não fazer greve, então atende as reivindicações da categoria”.
Durante o movimento paredista, o Sindicato realizou um grande ato de panfletagem nos arredores da prefeitura e locais de trabalho para mobilizar os servidores “desavisados”, bem como um carro de som percorreu as ruas da cidade explicando aos cidadãos e transeuntes os motivos pelos quais a categoria está protestando contra a administração municipal.
Pixoxó foi duro nas críticas com a postura adotada pela prefeitura. Segundo o presidente, a data-base está vencida desde janeiro – período garantido pelo artigo 95 da Lei Orgânica do Município (LOM). E afirmou: “vamos exigir o valor retroativo do pagamento dos meses atrasados em relação à data-base. O prefeito nos deve um bom reajuste”.
O prefeito insiste na intransigência. Então, a luta segue marcha firme! Nesta terça-feira (24) tem mais um dia de GREVE. A partir das 8 horas todos e todas mobilizados(as) em frente à Câmara Municipal para reivindicar o que é nosso por direito.
E mantenham-se unidos, pois mais tarde, às 14 horas, Sindicato e Prefeitura de Praia Grande estarão frente a frente na audiência de Dissídio Coletivo, mediado pela Justiça do Trabalho. Para conhecimento: dissídio coletivo é um processo jurídico que visa resolver conflitos entre trabalhadores e empregadores. Ele é mediado por entidades sindicais e envolve toda uma categoria profissional.
Mais de 140 entidades sindicais estão ao nosso lado nesta grande batalha. Obrigado aos companheiros Petroleiros, Servidores de Santos, Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Químicos da Baixada Santista, que ajudaram-nos no protesto.