Na foto, o presidente do sindicato, Adriano ‘Pixoxó’
O sindicato dos trabalhadores municipais de Praia Grande convoca o pessoal da ativa, aposentados e pensionistas para protestarem, às 10 horas de terça-feira (25), diante do instituto de previdência (Ipmpg).
O presidente do sindicato, Adriano Lopes ‘Pixoxó’, diz que se trata de movimento contra o assédio moral na autarquia e pela destituição de sua presidenta, Regina Mainente.
Assédio é antigo
Há muito tempo o sindicalista vem denunciando várias demonstrações de assédio no instituto e propondo a demissão de Regina. Mas o estopim ocorreu na terça-feira (18).
Nesse dia, segundo Pixoxó, o filho de Regina, Alexandre Mainente Barbosa, praticou violência verbal e física contra o procurador do Ipmpg Adilson Marques, que é diretor de base do sindicato.
A entidade deu completa assistência jurídica ao agredido, que registrou boletim de ocorrência e aguarda o resultado de inquérito policial para adotar medidas judiciais.
Dossiê à prefeita
As denúncias de assédio reapareceram no segundo semestre de 2021, quando Pixoxó passou a estudar formas administrativas e jurídicas para resolver o problema, que afeta procuradores e funcionários.
Em janeiro daquele ano, o sindicalista enviou dossiê de 17 páginas à prefeita Raquel Chini (PSDB), ao presidente da câmara, Marco Antônio de Souza (PSDB), e ao MPT (Ministério Público do Trabalho).
Após uma pequena trégua, a situação voltou a se agravar, ainda no primeiro semestre, quando dois procuradores e alguns dos 12 funcionários lotados na autarquia foram ao sindicato, em horário de almoço.
Perseguição antissindical
Rapidamente, apresentaram as reivindicações do setor para a campanha salarial, formaram uma comissão de base e retornaram ao local de trabalho para prosseguimento da jornada vespertina.
Foi o suficiente para Regina recomeçar as perseguições, segundo Pixoxó, de caráter moral e antissindical. “Tentei resolver o contratempo de maneira amigável e administrativa”, diz ele.
O presidente explica que, aparentemente, ela amenizou, mas, na verdade, abriu um processo administrativo alegando que eles foram ao sindicato em horário de expediente.
Assunto na câmara
Ela procurou o ministério público estadual, acusando os subalternos de improbidade administrativa, mas teve o requerimento indeferido. Diante disso, contratou advogado particular e abriu outro processo.
De novo, a pretensão foi rechaçada, desta vez nas instâncias local e estadual do ministério público. Não satisfeita, induziu a prefeita a criar uma comissão de procedimento de processos disciplinares (cppd).
Raquel Chini, inocentemente, enviou um projeto de lei à câmara, criando a ‘cppd’, mas Pixoxó conseguiu mostrar aos vereadores que seria apenas um instrumento de assédio a serviço de Regina.
Prudência e sabedoria
Os parlamentares acharam melhor retirar o projeto de pauta e buscar esclarecimentos com a prefeita. O sindicalista elogiou a atitude: “Agiram com prudência e sabedoria”.
O sindicalista pondera que “acabou o diálogo com a presidente do instituto. Ela agora sentirá o peso e o poder do sindicato na luta contra o assédio”.
O protesto será na Rua Jaú, 880, Boqueirão. Pixoxó recomenda que a categoria participe com camisetas pretas. “Não dá mais para tolerar o assédio moral. Os servidores merecem respeito”.
Redação: Paulo Passos MTB 12.646, matrícula sindical 7588 SJSP.