A direção do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Praia Grande, há tempos, está alertando sobre o excesso de jornada de trabalho, sobrecarga, desorganização, que pressiona o sistema de saúde municipal e compromete a qualidade de vida dos servidores e dos cidadãos.
Levamos, reiteradas vezes, esta preocupação ao prefeito Alberto Mourão e ao secretário da pasta, José Isaías Costa Lima. Oficializamos e protestamos na Câmara. Resultado: pra nós, o descaso e o silêncio dos desideratos!
Olha que lastimável o desmando dos gestores em nossa cidade. No dia 26 de agosto, via Diário Oficial de Praia Grande, página 17, foi publicada a Ordem de Serviço SESAP nº 009-25, sobre o protocolo de remoções inter-hospitalares com a seguinte aberração, que não ficará sem resposta.
Para conhecimento: […] O secretário, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Complementar nº 1.011, de 6 de janeiro de 2025, com as alterações posteriores, por meio do artigo 1º “abrangência” na ordem de serviço para as unidades UPA Samambaia, UPA Quietude, bem como PS Central e Hospital Municipal Irmã Dulce que são geridos pela BIOGESP, destaca no artigo 2º “diretrizes de remoção”, por sua vez, o uso das ambulâncias do SAMU para “Remoções de Suporte Avançado de Vida (SAV)”, conforme competência prevista na Portaria GM/MS nº 2.048/2002 […].
A justificativa apontada pela pasta, no descritivo da Ordem de Serviço, é “a necessidade de padronizar os fluxos de remoção inter-hospitalar entre as unidades municipais de saúde, garantindo segurança assistencial, comunicação clara e utilização adequada dos recursos disponíveis”.
COMO ESTE DESMANDO PODE ACONTECER COM TOTAL ANUÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL?!
O presidente Adriano Pixoxó, indignado, prometeu levar o caso para a Justiça. “Denunciamos o problema, o desvio de conduta, a improbidade administrativa, mas eles acham que são donos da cidade. Portanto, acionei o departamento jurídico que ingressará com denúncia tanto ao Ministério Público quanto ao Tribunal de Contas”, disparou.
As ambulâncias do SAMU devem estar à disposição das estruturas de saúde administradas pela prefeitura. Inclusive, terça-feira (26), uma paciente foi a óbito por causa da falta do veículo equipado para procedimentos de alta complexidade, que estava a serviço no Hospital Central gerido pela BIOGESP. “Não podemos mais aguentar esta situação vergonhosa, que prejudica trabalhadores, cidadãos e lesa os cofres públicos”, critica o presidente.