Existe um ditado antigo, mas ainda em voga, que o barato sai caro. Numa gestão pública, esta má conduta, precariza a qualidade dos serviços prestados. E os mais afetados são os contribuintes, bem como servidores e servidoras.
O serviço de remoção hospitalar tão necessário para o atendimento de pacientes, ao que parece, está sendo colocado na berlinda pela administração municipal.
Recebemos informações de que ambulâncias públicas, como as do SAMU, estão sendo usadas esporadicamente para atendimento no Hospital e Pronto-Socorro Central, inclusive em situações graves. Mas por que isso, quando tal responsabilidade é da gestão terceirizada?!
A direção do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Praia Grande, de pronto, encaminhou ofício em caráter de urgência ao prefeito Alberto Mourão, secretário da Saúde José Isaías Costa Lima, e Conselho Municipal de Saúde, na pessoa de Antonio Pio Neto, solicitando esclarecimentos sobre esta manobra “que sobrecarregará os profissionais do SAMU, que terão que dar conta das estruturas pública e privada simultaneamente”.
No ofício nº 169/2025, de 25 de agosto, o presidente Adriano Pixoxó pergunta sobre o “nome da nova empresa responsável pela realização do serviço de remoção do Hospital e do Pronto-Socorro Central” e questiona acerca “do uso das ambulâncias do município, conduzidas por servidores públicos municipais, uma vez que o hospital possui gestão terceirizada”.
Ainda no documento, pede informações referentes à sua gestão, que neste momento está a cargo da Biogesp. E emenda: “Como ficou o término dos contratos com a SPDM e a Nova Emergências?”.
“Não podemos aceitar gambiarras que prejudiquem os servidores, como está ocorrendo, no caso do uso das ambulâncias. A gestão do hospital tem a obrigação de locar veículos para esta finalidade, pois recebe dinheiro público para isso”, dispara Pixoxó.
Caso a situação não seja resolvida ou não haja posicionamento da administração, da secretaria da Saúde e da COMUSA a respeito do problema, a entidade vai entrar com denúncia na Justiça em prol da proteção dos servidores e garantia do uso correto do dinheiro dos contribuintes.