Na foto, categoria mostra disposição de lutar pelo piso salarial do magistério
Atendentes de educação lotaram reunião do sindicato dos servidores municipais de Praia Grande, na noite desta quarta-feira (22), para ouvir esclarecimentos, da diretoria e do jurídico, sobre a negociação que tiveram com o prefeito Alberto Mourão (PSDB), na segunda-feira (20).
O presidente do sindicato, Adriano Roberto Lopes da Silva ‘Pixoxó’, falou sobre o ofício protocolado no gabinete e entregue pessoalmente ao prefeito, com 62 páginas. A advogada Carla Costa Silva Mazzeo, por sua vez, fundamentou as reivindicações, jurídica e tecnicamente, com base na legislação.
As profissionais fizeram muitas perguntas e o sentimento geral, durante e após a reunião, foi de aprovação do encaminhamento dado pelo sindicato ao processo. A advogada levou cerca de dois meses para embasar as petições da categoria na constituição federal e na lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB 9394-1996).
Adriano ‘Pixoxó’ saudou as presentes e enalteceu a disposição de participarem da campanha salarial: “Além de atendentes, que se dedicam de corpo de alma às crianças da nossa cidade, são também mães, que saem daqui e ainda vão cuidar de seus filhos e maridos, em casa, para acordar às 5 horas de segunda a sexta-feira”.
A principal reivindicação das atendentes é o reconhecimento como professoras de creches e o piso salarial do magistério. A maior parte da categoria é de mulheres, que recebem bem abaixo do piso de R$ 2.557. As atendentes I ganham R$ 1.100. As do nível II, R$ 1.500.
“É uma injustiça que recebam R$ 1.450 e R$ 1 mil a menos que o piso garantido pelo ministério da educação”, pondera o sindicalista. Segundo ele, a prefeitura acenou, há alguns anos, com a possibilidade de enquadrá-las na categoria de professor, cujo salário é de R$ 2.880, além de benefícios.
Nas normas do magistério
“Apesar de terem se esforçado e estudado bastante, na formação pedagógica, inclusive com pós-graduação, não foram atendidas até agora. A atividade profissional é importante para a formação das crianças para toda a vida. Cabe lembrar que o pessoal dos níveis I e II exercem as mesmas tarefas”, diz Adriano.
Além do piso garantido pela lei federal 11.738-2008, as atendentes querem ser enquadradas nas normas do magistério que garantem outros direitos e benefícios. “É uma luta difícil, mas não impossível. Precisamos de cada vez mais participação da categoria, inclusive na assembleia geral desta sexta-feira (24)”, observa Adriano.
O local da reunião e da assembleia, marcada para as 19h30, é a colônia de férias dos comerciários, na Avenida Guilhermina, 240, esquina com Avenida Brasil.
Redação: Paulo Passos MTB 12.646, matrícula sindical 7588 SJSP.